quarta-feira, 27 de junho de 2018
quarta-feira, 20 de junho de 2018
O que os pré-candidatos pensam sobre a Reforma Trabalhista
Postulantes à sucessão de Temer se dividem sobre proposta que flexibilizou a CLT em novembro de 2017
A reforma trabalhista de Temer é apoiada por empresários, que veem um avanço na flexibilização da relação entre empregados e empregadores, e criticada por centrais sindicais, que apontam perdas de direitos.
A reforma alterou cerca de 100 pontos específicos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A base do pacote é dar força aos acordos coletivos, em um modelo chamado de “acordado sobre legislado”.
Na prática, o que for decidido entre a entidade de classe que representa os trabalhadores e a empresa empregadora não poderá ser posteriormente contestado na Justiça. Houve mudanças em pontos como férias, jornada de trabalho, remuneração e plano de carreira.
Além disso, a reforma acabou com a obrigatoriedade do imposto sindical, uma das principais fontes das entidades que representam os trabalhadores.
O que dizem os principais pré-candidatos
“Se eu vencer as eleições, farei um referendo para perguntar à população sobre sua opinião. E o assunto será debatido no Congresso”
Luiz Inácio Lula da Silva ex-presidente e pré-candidato do PT
“Aos poucos a população vai entendendo que é melhor menos direitos e emprego do que todos os direitos e desemprego”
Jair Bolsonaro deputado federal e pré-candidato do PSL
“Estou advogando pelas reformas desde 2010. Em 2014, já dizia que era preciso fazer um atualização, inclusive, das leis trabalhistas. Se eu fosse parlamentar, votaria pela admissibilidade das reformas e trabalharia para corrigir as arbitrariedades, que não são poucas, no projeto do governo”
Marina Silva pré-candidata da Rede Sustentabilidade
“É uma perversão que faz parte de uma selvageria neoliberal que se impôs ao Brasil a partir do golpe. Evidentemente que não precisamos ter medo de reforma, o país tem instituições bastante anacrônicas, mas jamais prosperou a nação que introduziu no mundo do trabalho insegurança jurídica e insegurança econômica”
Ciro Gomes pré-candidato do PDT
“Era um modelo estatutário de cima para baixo, para um modelo mais moderno de relações contratuais. Ela tem imperfeições, vamos corrigi-las”
Geraldo Alckmin ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB
“Eu não tenho dúvida de que a reforma trabalhista é imprescindível. Mas o atual governo, atordoado por tantas denúncias de corrupção, perdeu a capacidade de empreender reformas”
Alvaro Dias senador e pré-candidato do Podemos
“A reforma trabalhista está sendo implantada aos poucos pela Justiça. Acreditamos que com a reforma trabalhista criaremos 6 milhões de empregos em dez anos. Esta nova era nas relações de trabalho garantirá maior produtividade e criará maiores oportunidades de emprego”
Henrique Meirelles ex-ministro da Fazenda e pré-candidato do MDB
"Eram leis que, em tese, protegiam, protegiam, protegiam e deixaram o Brasil com 14 milhões de desempregados e mais milhões e milhões de empregos precários. Essa é a realidade da antiga lei trabalhista, para a qual conseguimos fazer algum avanço na Câmara dos Deputados no ano de 2017"
Rodrigo Maia presidente da Câmara e pré-candidato do DEM
“A reforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional é uma reforma criminosa, faz o Brasil andar para trás 80 anos. A morte da CLT foi em 2017. Demonstra uma falsa preocupação com os trabalhadores”
Guilherme Boulos coordenador do MTST e pré-candidato do PSOL
“Acho que povo deve opinar sobre isso, porque não opinou nas eleições passadas. Nas eleições passadas, o povo escolheu um programa que garantia direitos. Temer rasgou o programa e retirou os nossos direitos. É por isso que é preciso revogar a reforma trabalhista”
Manuela D'Ávila deputada estadual e pré-candidata do PCdoB
Fonte: Site Nexo
terça-feira, 12 de junho de 2018
Trabalhadores da Construção Civil buscando alternativas contra a Reforma Trabalhista
Conselho e Diretoria da
CONTRICOM apontam a continuidade da luta contra desmonte da CLT
Os integrantes do Conselho de Representantes e a Diretoria da
CONTRICOM (Confederação dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil e
do mobiliário), reunidos no Centro de Treinamento Educacional da CNTI, em
Luziânia (GO), nos dias 7 e 8 de junho, foram unânimes em continuar apontando o
caminho da resistência à Lei 13.467/17 (reforma trabalhista), com o objetivo de
defender os direitos dos trabalhadores e das organizações sindicais em todos os
níveis.
Segundo
o presidente Altamiro Perdoná, que coordenou as duas reuniões, “a CONTRICOM
continuará conclamando todos os sindicatos e federações filiadas a
intensificarem a luta contra a aplicação da Lei 13.467/17 por representar o
maior ataque aos direitos dos trabalhadores e às suas organizações de nossa
história e a violação das convenções da OiT às quais o Brasil é signatário”.
“ESSA É A LEI DA MALDADE”
Durante a reunião do Conselho, dia 8, o advogado Luiz Camargo,
ex-procurador geral do Trabalho e integrante da equipe do escritório da dra.
Zilmara Alencar (foto), acompanhado da dra. Carla Vian, fez uma longa
explanação sobre a situação da contribuição sindical após a vigência da Lei
13.467/17, ocasião em que assegurou, como inúmeros outros especialistas e os
magistrados do trabalho, que “a contribuição sindical não acabou. O que mudou
foi a forma de autorização para seu recolhimento, que - segundo ele, pode
ser através de assembleia, apesar da resistência patronal a este procedimento”.
Camargo analisou a discussão e votação que está prevista para o
dia 28 de junho, no STF, sobre o acatamento das ações diretas de
constitucionalidade (ADIs) que questionam a alteração promovida na lei quanto à
contribuição sindical e a introdução do trabalho intermitente.
“Esta lei, que eu chamo de ‘lei da maldade’, promoveu uma
verdadeira violência contra as normas constitucionais vigentes desde a
Constituição de 1988”, argumentou, reforçando a tese de que se trata de “um
desastre para as relações do trabalho, na medida em que promove um brutal
desiquilíbrio”.
Segundo
ele, “a aplicação da norma mais favorável é um princípio e um dos pilares do
direito do trabalho, que foi violado pela reforma trabalhista, afrontando as
normas da Organização Internacional do Trabalho”.
Fonte: CONTRICOM
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Sindicatos e Centrais na luta contra a Reforma Trabalhista e pelos direitos dos trabalhadores
Temer é derrotado na OIT e terá de explicar 'reforma' trabalhista
Comissão de Normas da
Organização Internacional do Trabalho questiona restrição da nova lei a
princípios da negociação coletiva e direito de sindicalização
107ª Conferência Internacional do Trabalho ocorre em Genebra e reúne patrões, empregados e governos |
A Organização Internacional
do Trabalho (OIT) cobra novas explicações do governo brasileiro sobre a
"reforma" trabalhista. Durante a 107ª Conferência Internacional
do Trabalho, em Genebra, o governo, por meio do ministro do Trabalho,
Helton Yomura, tentou desqualificar as críticas à nova lei
brasileira por entidades do Brasil de do mundo. Mas não ganhou apoio.
A organização incluiu o Brasil na
lista de países suspeitos de descumprir normas internacionais de
proteção aos trabalhadores, passou a analisar o caso brasileiro e a mais
explicações. O governo terá que responder antes de novembro deste ano,
quando acontece a próxima reunião do Comitê de Peritos da OIT.
Segundo a decisão, o Brasil
precisa explicar principalmente o fato de a nova lei pôr em xeque princípios da
negociação coletiva entre empregadores e empregados. No início do ano, o Comitê
do Peritos expressou o entendimento de que a "reforma" viola a
Convenção 98 da OIT, sobre direito de sindicalização e de negociação
coletiva, ratificada pelo Brasil.
A reforma trabalhista estabelece
a possibilidade de o negociado prevalecer sobre o legislado, inclusive para
redução de direitos. Prevê também a "livre" negociação entre
empregador e empregado com diploma de nível superior e que receba salário igual
ou superior a duas vezes o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
A OIT também cobra explicações
sobre a falta de consulta aos interlocutores sociais, durante a tramitação da
reforma.
A falta de diálogo social, a
aprovação açodada da reforma e a violação à Convenção 98 foram alguns dos
pontos alertados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) durante
todo o processo de tramitação da reforma trabalhista no Congresso e após sua
promulgação. As entidades sindicais de representação de trabalhadores tampouco
foram ouvidas.
O procurador-Geral do Ministério
Público do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, que foi a Genebra, destaca os
alertas feitos pela instituição. "Lamento a exposição internacional do
Brasil, que poderia ter sido evitada se as nossas ponderações fossem
consideradas", disse, em nota.
Fonte: Rede Brasil Atual
As centrais sindicais brasileiras
estiveram presentes com suas representações e enviaram uma nota à OIT. O STICM S.S.Caí é filiado à Nova Central Sindical de
Trabalhadores. Clicando em "Mais Informações, você confere a íntegra da Nota das Centrais.
terça-feira, 5 de junho de 2018
Para podermos entender...
Analistas dizem que petróleo com custo nacional
baratearia preço da gasolina
Na busca de explicações sobre o que acontece no Brasil, principalmente, em relação aos preços dos combustíveis e que acarretam o aumento de toda a cadeia econômica brasileira, o STICM S.S.Caí apresenta esta matéria publicada no UOL.
Informe-se, leia o texto CLICANDO AQUI.
Foto: Jornal NH |
sexta-feira, 1 de junho de 2018
Poderá vir aumento de impostos por aí!
O STICM S.S.Caí está
muito preocupado com as “lambanças” em relação aos trabalhadores, que este
governo federal vem fazendo nos últimos dois anos.
Primeiro,
enviou para aprovação no Congresso, a PEC do teto dos gastos (que congela os
gastos públicos – educação, segurança, saúde por 20 anos), depois fez aprovar a
Reforma Trabalhista, que desconstruiu a CLT, deixando desiguais as relações de
trabalho, promovendo a baixa de salários e o desemprego em massa.
Tudo isso
sendo aprovado junto com o assombro provocado pelo fantasma da Reforma da Previdência,
sempre a rondar as conversas dos trabalhadores, pois o que o governo pretendia,
antes de refrear a PEC, era acabar com as aposentadorias no país.
Agora, a nova
medida, provavelmente, será aumentar os impostos para calar os caminhoneiros,
com o desconto do diesel. Isso, ao invés de mudar a política de preços da
Petrobras em relação a todos os combustíveis. Entenda um pouco como vai
funcionar:
Parte do custo do desconto
de R$ 0,46 por litro será compensada
com corte de gastos em saúde e educação.
Aumento de tributos também é provável
Depois da pressão feita pela greve dos
caminheiros em estradas por todo o país desde 21 de maio, o governo federal
aceitou reduzir o preço do diesel. O presidente Michel Temer concordou em
retirar R$ 0,46 do preço de cada litro do combustível. E anunciou como vai
bancar esse desconto.
O valor é o
equivalente ao que o governo arrecada com dois tributos sobre o diesel: Cide e
PIS/Cofins. Em teoria, o que Temer está fazendo é zerar a cobrança desses
tributos sobre o combustível que abastece ônibus e caminhões no Brasil. Mas na
prática, vai funcionar de maneira diferente.
O ministro da
Fazenda, Eduardo Guardia, foi o responsável por explicar as operações que serão
feitas para bancar o subsídio ao óleo diesel. Em resumo, o governo vai deixar
de fazer gastos e terá de aumentar ou criar novos impostos para pagar esse
desconto. O governo publicou na noite de quarta-feira (30) três medidas
provisórias que garantem o acordo com os caminhoneiros.
Todas as
medidas anunciadas valem até 31 de dezembro de 2018. A continuidade ou não do
desconto e os custos a partir de 2019 serão responsabilidade do próximo
presidente da República.
Redução de tributos: R$
0,16
O governo vai
reduzir as alíquotas da Cide e do PIS/Cofins, o que vai baratear o preço do
litro em R$ 0,16. Isso significa que o governo vai deixar de arrecadar esse
valor em cada litro de óleo diesel vendido no Brasil, num total de R$ 4 bilhões
até dezembro.
A Cide será
completamente zerada, o que vai baratear o litro em R$ 0,05. Os outros R$ 0,11
virão da redução da alíquota do PIS/Cofins.
O governo não
zerou os dois tributos, que representariam todo o desconto dado, por causa da
Lei de Responsabilidade Fiscal. A lei proíbe que haja redução de tributos em um
ano que já está em andamento se não houver compensação. Caso o governo desse todo
o desconto pela via da redução dos tributos, teria de criar impostos na mesma
proporção.
Por esses R$
0,16, o governo terá de criar novas receitas num total de R$ 4 bilhões para
compensar a perda. Parte virá do projeto de reoneração da folha de pagamentos
que, segundo Guardia é “necessário, mas não suficiente”.
Para
compensar, o governo terá que criar novas receitas, que virão da retirada de
incentivos a exportadores, indústria de refrigerantes e indústria química. O
discurso oficial do ministro da Fazenda é de que não está aumentando impostos
ou sua arrecadação total. O que acontece, nesse caso, é a concessão de um
desconto para um setor que será compensado com uma cobrança maior em outro
setores.
Com informação do site NEXO
Assinar:
Postagens (Atom)