O STICM S.S.Caí acredita que sempre que a economia cresceu isso teve a ver exatamente com a alavancagem da indústria da construção civil. A China está aí de prova. Acompanhe a matéria.
A expansão
econômica da China melhor que o esperado no primeiro trimestre
foi sustentada pela aceleração na indústria e construção, enquanto nos setores
de serviços e agricultura o crescimento desacelerou, mostraram dados oficiais
nesta quarta-feira.
O setor de construção e manufatura
cresceu 6,3 por cento em relação ao ano anterior, acelerando a partir de um
ritmo de 5,7 por cento no quarto trimestre, de acordo com dados mais detalhados
divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas da China um dia após o
Produto Interno Bruto (PIB) trimestral.
A economia da China cresceu 6,8 por
cento entre janeiro e março, superando as expectativas de um ganho de 6,7 por
cento, aproveitando o robusto investimento imobiliário e a demanda resiliente
dos consumidores.
A indústria também se recuperou no
começo deste ano, depois que as autoridades levantaram as restrições à poluição
no inverno e as siderúrgicas aumentaram a produção à medida que a construção
voltava a subir.
Mas os economistas ainda esperam
que a China perca ímpeto nos próximos trimestres, conforme Pequim obriga os
governos locais a reduzirem projetos de infraestrutura para conter suas
dívidas, e as vendas de imóveis esfriam devido ao rígido controle governamental
sobre as compras para combater a especulação.
“Acreditamos que a recuperação da
indústria e da construção terá vida curta, com o aumento temporário da
atividade fabril a partir do relaxamento dos controles de poluição e restrições
mais rígidas aos gastos fora do orçamento pelos governos locais”, disse Julian
Evans-Pritchard, economista sênior da Capital Economics.
A construção e a manufatura da
China responderam por 39 por cento do PIB no primeiro trimestre, em linha com
sua participação de 41 por cento no trimestre anterior, de acordo com cálculos
da Reuters baseados em dados da agência de estatísticas.
O setor de serviços continuou a ser
o que mais contribuiu para o PIB, respondendo por 57 por cento da produção
econômica da China nos três primeiros meses de 2018.
Os serviços cresceram 7,5 por cento
em relação ao ano anterior, desacelerando de 8,3 por cento no quarto trimestre,
enquanto a agricultura expandiu 3,2 por cento entre janeiro e março, ante 4,4
nos três meses anteriores.
O setor de varejo e atacado
desacelerou ligeiramente para um crescimento de 6,8 por cento, ante 6,9 por
cento no trimestre anterior.
O setor enfrenta obstáculos, com as
vendas de imóveis e as vendas no varejo vulneráveis a um enfraquecimento do
mercado de trabalho, crescimento mais lento do crédito e os controles governamentais
sobre negociações imobiliárias, disse Evans-Pritchard.
Fonte: Exame