Depois do PL nº 1087/25 da isenção do Imposto de Renda que foi votado e aprovado, por unanimidade, no dia 1º/10, o governo federal volta sua atenção ao fim da escala de trabalho 6x1. Em dezembro de 2024, quando a pauta entrou em questão, 64% dos brasileiros apoiavam a matéria. Cabe dizer que nenhum dos projetos que tramitam na Câmara de Depuytados ou do Senado partiu do Executivo.
A proposta de acabar com a escala 6×1 não fazia parte do programa de governo de Lula, mas ganhou força em 2023, com a ascensão do Movimento VAT (Vida Além do Trabalho). Uma petição pública lançada naquele ano pelo grupo – e endereçado ao Congresso Nacional – recebeu quase 3 milhões de assinaturas. Entre as propostas do abaixo-assinado aos parlamentares, destacava-se a “revisão da escala de trabalho 6×1 e a implementação de alternativas que promovam uma jornada de trabalho mais equilibrada”.
No ano seguinte, Erika Hilton propôs a PEC para reduzir a jornada de trabalho para 36 horas semanais e proibir escalas com seis dias de atividade e apenas um de descanso numa mesma semana. A proposta foi apresentada oficialmente na Câmara em 25 de fevereiro com 234 assinaturas – 63 a mais que o necessário para protocolar uma PEC.
A reivindicação foi incorporada pelos movimentos sindical e social e o fim da escala 6×1 foi uma das pautas do 1º de Maio/25.
Foi em 30 de abril, na véspera do Dia do Trabalhador, que Lula se comprometeu pela primeira vez com essa causa, num pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV. “Vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país”, disse o presidente. “Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras.”
Vamos aguardar os próximos passos e qualquer movimento, ou mudança, informamos aqui para a categoria.